O vazamento de mensagens de WhatsApp trocadas entre 2018 e 2024 em um grupo com parlamentares do partido Irmãos da Itália (FdI) chacoalhou as siglas da coalizão do governo, principalmente pelas críticas e piadas direcionadas ao vice-premiê e ministro da Infraestrutura do país, Matteo Salvini.
As conversas vazadas pelo "Il Fatto Quotidiano" mostram diversos membros do FdI, sigla da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, acusando o atual aliado da chefe de governo de ser "incapaz", "mimado", "incompetente" e "charlatão".
Giovanbattista Fazzolari, um dos colaboradores mais próximos do político, chegou a rotular Salvini de "pirralho", enquanto Paola Frassinetti, atual vice-ministra da Educação, declarou que a "banalidade da política internacional" do vice-premiê era "vergonhosa".
Após a divulgação das mensagens, Salvini minimizou o episódio em uma entrevista ao jornal "Il Tempo". O ministro, líder da Liga, garantiu que esse não é mais o pensamento dos parlamentares do FdI.
"Essas piadas foram escritas em outra era política que, tenho certeza, não refletem o pensamento atual dos nossos aliados. Meloni pode confirmar isso", disse o ministro, que admitiu não ter sido agradável ler "certas coisas" vazadas pelo periódico.
As mensagens privadas trocadas entre parlamentares do FdI viraram um livro publicado nesta sexta-feira (7) pelo jornalista Giacomo Salvini, do "Fatto Quotidiano". As conversas revelam parte do caminho que levou a legenda de Meloni a se tornar a principal força política no governo italiano.
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