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Reino Unido planeja envio de 30 mil soldados europeus à Ucrânia

Reino Unido planeja envio de 30 mil soldados europeus à Ucrânia

Plano será apresentado a Trump na próxima semana, diz mídia

ROMA, 20 de fevereiro de 2025, 12:00

Redação ANSA

ANSACheck
Guerra na Ucrânia completa três anos em 24 de fevereiro © ANSA/AFP

Guerra na Ucrânia completa três anos em 24 de fevereiro © ANSA/AFP

O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, deve apresentar ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante uma reunião em Washington na próxima semana, um plano que inclui o envio de cerca de 30 mil soldados europeus à Ucrânia.
    A informação foi divulgada pelo jornal britânico Telegraph nesta quinta-feira (20), em reportagem exclusiva.
    De acordo com fontes citadas pelo jornal, Starmer descreverá em detalhes como essas tropas poderiam impor o eventual acordo de cessar-fogo mediado pelos EUA.
    Além disso, argumentará que é do interesse do governo Trump continuar seus esforços para impedir uma terceira invasão russa após o fim dos combates.
    Segundo o plano, ao menos 30 mil soldados seriam mobilizados — sob o comando de países europeus — em cidades ucranianas, portos e outros locais de infraestrutura crítica, como usinas nucleares, que estão longe das atuais linhas de frente.
    Em vez de enviar um contingente muito maior para a Ucrânia, a missão contará com "monitoramento técnico" — por meio de inteligência, vigilância e aeronaves de reconhecimento, drones e satélites — para fornecer "uma imagem completa do que está acontecendo", relatou uma autoridade ocidental.
    A fonte acrescentou que a operação será apoiada por poder de fogo suficiente para "detectar e repelir ataques", a fim de reabrir o espaço aéreo ucraniano e restaurar voos comerciais.
    O Telegraph relata ainda que a proposta prevê que navios de patrulha também sejam enviados ao Mar Negro para monitorar ameaças russas às rotas de navegação comercial.
    A guerra deflagrada pela Rússia na Ucrânia completará três anos no próximo dia 24 de fevereiro e já provocou a morte de milhares de civis. Nos últimos dias, países europeus já haviam se mostrado divididos sobre a possibilidade de enviar tropas de paz à Ucrânia após um eventual cessar-fogo com a Rússia.
    Starmer foi o mais enfático ao declarar que seu país está pronto para mandar militares a Kiev com o objetivo de garantir a proteção da Ucrânia, que teve as portas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) fechadas pelos Estados Unidos.
    Reação - Após a publicação exclusiva do plano de Starmer, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, expressou "preocupação" sobre a possibilidade de um futuro "envio de contingentes militares de países da Otan para a Ucrânia".
    "Obviamente, a implantação de contingentes militares de países da Otan em território ucraniano não pode ser aceitável para nós", acrescentou Peskov, citado pela agência Interfax.
   

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