O governo da Itália tomou distância das críticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a seu homólogo da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e pediu que a situação "se acalme" para que se possa chegar à paz.
O posicionamento chega após o líder americano ter definido o colega ucraniano como "ditador" por não realizar eleições presidenciais durante a guerra contra a Rússia, em reação às reclamações de Zelensky pelo fato de Kiev não ter sido convidada para negociações entre Washington e Moscou.
"As palavras do novo governo americano são sempre fortes, existem algumas rachaduras na relação entre Trump e Zelensky, mas é do nosso interesse que a situação se acalme e se chegue à paz", disse o vice-premiê e ministro italiano das Relações Exteriores, Antonio Tajani, à Rádio 24.
"Não é uma linguagem que nos pertença", acrescentou o chanceler, em relação ao ataque de Trump a Zelensky. "Ele provavelmente usou palavras duras porque não gostou da reação de Zelensky ao encontro EUA-Rússia na Arábia Saudita", afirmou Tajani, lembrando que o presidente ucraniano foi "eleito e sempre apoiado pelos americanos".
"Nós apoiamos a Ucrânia e o governo legítimo, o presidente é Zelensky e, enquanto for assim, nossas interlocuções serão com ele", assegurou.
Meloni e Trudeau conversam sobre Ucrânia
A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, conversou por telefone nesta quinta-feira (20) com seu homólogo canadense e presidente do G7, Justin Trudeau.
"A conversa teve uma troca de pontos de vista sobre as principais questões da atualidade internacional e os últimos desenvolvimentos no dossiê ucraniano", informou o Palazzo Chigi.
A premiê também reiterou que a prioridade da Itália é "fazer todo o possível para deter o conflito em Kiev e alcançar a paz".
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