O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, subiu o tom contra o mandatário da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o definiu como "ditador" e "comediante modesto".
As declarações foram publicadas pelo magnata em sua própria rede social, a Truth, na esteira do início das negociações entre EUA e Rússia para tentar colocar fim à guerra na Ucrânia, realizadas à revelia de Kiev e da Europa.
"Pensem nisso: um comediante modestamente bem-sucedido, Volodymyr Zelensky, convenceu os Estados Unidos da América a gastar US$ 350 bilhões para entrar em uma guerra que não poderia ser vencida, que nunca devia ter começado", escreveu Trump, que culpa o líder ucraniano pelo início do conflito, deflagrado pela Rússia em 22 de fevereiro de 2022.
Segundo o presidente, Zelensky "se recusa a fazer eleições, está muito mal nas pesquisas, e a única coisa em que ele era bom era em manipular Biden".
"Zelensky, um ditador sem eleições, precisa agir rápido, ou não vai sobrar nada do país. Enquanto isso, estamos negociando com sucesso com a Rússia um fim para a guerra, algo que todos admitem que somente o governo Trump pode fazer", salientou.
O presidente ainda disse que a Europa "fracassou" ao buscar a paz e acusou Zelensky de querer arrastar o conflito. "Eu amo a Ucrânia, mas Zelensky fez um trabalho terrível. O país dele está destruído, e milhões morreram desnecessariamente", concluiu o magnata.
Trump tem pressionado a Ucrânia a capitular diante da Rússia, inclusive com a renúncia aos territórios conquistados por Moscou, e a pagar de volta a ajuda financeira recebida dos EUA nos últimos três anos, por meio do acesso privilegiado para americanos às terras raras do país.
Zelensky, por sua vez, afirmou nesta quarta que o republicano vive em um "espaço de desinformação" e está ajudando o presidente russo, Vladimir Putin, a "sair do isolamento".
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