A União Europeia saiu em defesa do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, nesta quinta-feira (20), após o mandatário dos Estados Unidos, Donald Trump, subir o tom e defini-lo como um "ditador sem eleições" e "comediante modesto".
"Nós temos uma posição bastante direta e clara: o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky foi legitimamente eleito em eleições livres, justas e democráticas", afirmou o porta-voz da Comissão Europeia, Stefan de Keersmaecker, durante coletiva de imprensa diária.
Segundo o representante europeu, "a Ucrânia é uma democracia", já a "Rússia de [Vladimir] Putin não é".
A declaração é dada em meio à troca de alfinetadas entre Zelensky e Trump e na esteira das negociações entre Estados Unidos e a Rússia para tentar colocar fim à guerra na Ucrânia, realizadas à revelia de Kiev e da Europa.
Desde que assumiu a Casa Branca, o republicano tem pressionado a Ucrânia a capitular diante da Rússia, inclusive com a renúncia aos territórios conquistados por Moscou, e a pagar de volta a ajuda financeira recebida dos EUA nos últimos três anos, por meio do acesso privilegiado para americanos às terras raras do país.
Zelensky, por sua vez, declarou que Trump vive em um "espaço de desinformação" e está ajudando o presidente russo, Vladimir Putin, a "sair do isolamento" imposto pela comunidade internacional nos últimos anos.
Líderes europeus visitarão Ucrânia no dia 24/2
Os presidentes da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e do Conselho Europeu, António Costa, farão uma visita a Kiev, capital da Ucrânia, no próximo dia 24 de fevereiro, data que marcará o terceiro aniversário da guerra deflagrada pela Rússia contra o país.
"Segunda-feira, 24 de fevereiro, marca o terceiro aniversário da invasão em larga escala da Ucrânia pela Rússia. Decidi estar em Kiev para essa ocasião, com Ursula von der Leyen, para reafirmar nosso apoio ao heroico povo ucraniano e ao presidente democraticamente eleito, Volodymyr Zelensky", escreveu Costa em uma publicação no X. (ANSA)
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