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Papa prega 'perdão' para traições conjugais, mas admite divórcio

Papa prega 'perdão' para traições conjugais, mas admite divórcio

'Em alguns casos, pode ser inevitável', disse o líder católico

VATICANO, 12 de março de 2025, 12:31

Redação ANSA

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Papa Francisco durante Angelus no Vaticano, em foto de arquivo © ANSA/EPA

Papa Francisco durante Angelus no Vaticano, em foto de arquivo © ANSA/EPA

O papa Francisco defendeu o "perdão" em casos de infidelidade conjugal, mas admitiu que a separação pode ser "inevitável" em algumas situações, ao responder a uma carta de uma mulher traída pelo marido.
    As declarações estão em uma coluna do pontífice na revista mensal "Piazza San Pietro", publicada pela Basílica de São Pedro, no Vaticano, e na qual Jorge Bergoglio aborda temas de fé, espiritualidade e da vida cotidiana a partir de correspondências de fiéis.
    "Não é fácil perdoar, sobretudo quando se é traído no amor, nas palavras, na confiança", diz o Papa em resposta a uma mulher identificada apenas como Catia, que questiona se ela deveria desculpar o marido infiel.
    "O amor no casamento sempre pode ser melhorado, mas se existe amor, ele é capaz de consertar. O perdão é um ato livre, pessoal, que tira força do espírito, da graça e do amor de Deus", acrescenta o pontífice, em texto escrito antes de sua internação no Hospital Policlínico Agostino Gemelli, em Roma.
    "Catia, você pode pedir para seu marido fazer um percurso de acompanhamento, como, por exemplo, encontros com um casal cristão empenhado em ajudar casais machucados, compartilhando experiências de vida, dificuldades, o perdão e a reconciliação", explica.
    O Papa, no entanto, reconhece que, "em alguns casos, em consideração à própria dignidade e ao bem dos filhos, é preciso estabelecer um limite firme às alegações excessivas do outro, a uma grande injustiça, à violência ou a uma falta de respeito crônica". "É necessário reconhecer que há casos em que a separação é inevitável", diz.
    Desde que assumiu o Vaticano, Jorge Bergoglio defende o acolhimento de divorciados na Igreja Católica, inclusive com a possibilidade de comunhão para aqueles que se casam de novo, postura criticada pelo clero ultraconservador.
   

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