O governo russo informou nesta sexta-feira (14) que está "cautelosamente otimista" sobre uma resolução para a guerra na Ucrânia, após as conversas entre o presidente do país, Vladimir Putin, e o enviado dos Estados Unidos, Steve Witkoff.
De acordo com Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, uma decisão sobre uma nova conversa telefônica entre Putin e seu homólogo americano, Donald Trump, será tomada depois que o representante da Casa Branca entregar uma mensagem do chefe de Estado de Moscou a Washington.
"É verdade que ainda há muito a fazer, mas o presidente, mesmo assim, se solidariza com a posição de Trump. Putin disse que apoia a posição de Trump sobre o acordo, mas levantou algumas questões que precisam ser respondidas em conjunto", analisou Peskov.
O Kremlin acrescentou que Putin "transmitiu informações e sinais adicionais" ao mandatário republicano.
A reunião entre o líder russo e o bilionário Witkoff ocorreu a portas fechadas e não há muitas informações detalhadas sobre o que foi conversado entre eles.
Na Arábia Saudita, que recebeu uma importante reunião entre autoridades americanas e ucranianas sobre o conflito no leste europeu, o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman declarou que o reino apoia "todas as iniciativas" para acabar com a guerra em Kiev.
Em um telefonema com Putin, Salman reiterou "o compromisso de Riad em facilitar o diálogo e apoiar todas as iniciativas que visem chegar a uma resolução política".
Por fim, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, criticou a decisão do vice-premiê e chanceler italiano, Antonio Tajani, de convocar o embaixador russo em Roma após os ataques ao presidente do país, Sergio Mattarella.
Em entrevista ao jornal Izvestia, a representante do Kremlin, o ministro italiano "só chamou mais atenção" para os "problemas" da Itália.
Trump cita conversas 'produtivas' com Putin
Em uma declaração nas redes sociais, Trump afirmou que as conversas com seu homólogo russo foram "muito boas" e "produtivas", além de ter aberto a possibilidade de o conflito no leste europeu chegar ao fim.
"Tivemos discussões muito boas e produtivas ontem com Vladimir Putin e há uma grande chance de que essa guerra horrível e sangrenta finalmente chegue ao fim", disse o mandatário.
O líder americano revelou que também pediu ao presidente russo que "poupe as vidas" dos soldados ucranianos para evitar um "massacre horrível".
"Neste momento, milhares de tropas ucranianas estão completamente cercadas pelo Exército russo, em uma posição muito difícil e vulnerável. Pedi fortemente ao presidente Putin que poupe suas vidas. Este seria um massacre horrível, como não se via desde a Segunda Guerra Mundial", escreveu.
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