Ao menos quatro pessoas morreram e sete ficaram feridas durante os ataques de Israel em Beirute, capital do Líbano, na noite da última segunda-feira (31). Um membro da liderança militar do Hezbollah está entre os mortos, segundo informações das Forças de Defesa Israelenses (IDF), confirmadas por testemunhas.
O representante do grupo fundamentalista islâmico morava em um edifício localizado em Danieh, na periferia, que foi bombardeado.
"O ataque teve como alvo um terrorista do Hezbollah que conduzia agentes do Hamas e os ajudava a planejar um importante e iminente ataque terrorista contra os civis israelenses", declarou a IDF em nota conjunta com a Agência de Segurança do país.
A ofensiva é a segunda nos últimos cinco dias, após meses de trégua com a entrada em vigor do cessar-fogo entre Israel e Hezbollah em novembro passado.
O presidente do Líbano, Joseph Aoun, condenou os novos ataques.
"A persistência de Israel em sua agressão nos obriga a reforçar os nossos esforços para mobilizar amigos do Líbano em todo o mundo para apoiar o nosso direito à plena soberania", disse Aoun em comunicado.
Já o primeiro-ministro do país árabe, Nawaf Salam, reforçou que a agressão "é uma violação dos acordos de cessar-fogo e da Resolução 1701 das Nações Unidas, decisão do Conselho de Segurança que pôs fim à guerra de 2006 entre Israel e Hezbollah e formou a base da trégua de novembro".
Na última sexta-feira (28), o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, alertou que o Estado judeu atacará "qualquer parte do Líbano contra qualquer ameaça" após disparos de mísseis por parte do Hezbollah em direção ao norte de Israel.
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