Após a Casa Branca confirmar que um jornalista foi acidentalmente adicionado a um grupo no aplicativo de mensagens criptografadas Signal, no qual autoridades de segurança nacional dos Estados Unidos planejaram um ataque militar ao Iêmen, a permanência no cargo do conselheiro de Segurança Nacional do país, Mike Waltz, pode estar em risco.
Segundo o jornal "Político", citando um alto funcionário do governo de Donald Trump, Waltz pode ter que renunciar depois que Jeffrey Goldberg, editor-chefe da revista Atlantic, foi incluído no grupo, onde já estavam o vice-presidente, J.D Vance, e o secretário de Defesa, Pete Hegseth.
A fonte relatou que os membros da equipe de Trump trocaram mensagens sobre o que fazer com o futuro do conselheiro de Segurança Nacional. Até o momento, porém, não há nada oficial e autoridades da Casa Branca alertaram que o republicano tomará a decisão final nos próximos dois dias, para ter tempo de avaliar os efeitos midiáticos do caso.
Em uma das conversas vazadas, Vance e Hegseth discutem sobre planos militares confidenciais para uma ofensiva contra os rebeldes houthi — incluindo detalhes sobre envio de armas, alvos e cronograma - e ironizam a Europa, cujo líderes estariam "se aproveitando" dos esforços dos EUA.
"Eu simplesmente odeio ter que salvar a Europa de novo", escreveu o usuário identificado como o vice-presidente. Em resposta, Hegseth foi enfático: "Compartilho totalmente seu desprezo pelo parasitismo europeu. É patético".
O Atlantic informou ainda que Vance também levantou preocupações sobre o momento da ofensiva e enfatizou seu desejo de adiá-los por um mês.
"Não tenho certeza se o presidente está ciente de quão inconsistente isso é com sua mensagem sobre a Europa agora. Há um risco adicional de vermos um aumento de moderado a severo nos preços do petróleo", escreveu a conta, antes de dizer que estava disposto a apoiar o consenso do grupo.
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