O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, negou nesta segunda-feira (24) que a visita de altos funcionários do governo americano à Groenlândia seja uma provocação.
Na próxima quinta-feira (27), Usha Vance, esposa do vice-presidente JD Vance, realizará uma visita cultural ao território, de acordo com a Casa Branca. A delegação, segundo a imprensa americana, contará com as presenças de Mike Waltz (conselheiro de Segurança Nacional) e Chris Wright (secretário de Energia).
"As visitas de autoridades americanas à Groenlândia não são uma provocação", afirmou Trump, acrescentando que é um sinal de "pura amizade" e que muitas autoridades locais pediram que os EUA fossem para a região.
O primeiro-ministro da Groenlândia, Múte Bourup Egede, acusou Washington de interferir nos assuntos políticos e definiu a visita como "altamente agressiva".
"O único propósito é demonstrar poder sobre nós. A sua mera presença [de Mike Waltz] na Groenlândia irá, sem dúvida, alimentar a confiança americana na missão de Trump e a pressão irá aumentar. Deve ficar claro que nossa integridade e democracia devem ser respeitadas sem interferência estrangeira", disse Egede.
Lars Lokke Rasmussen, ministro das Relações Exteriores da Dinamarca, declarou que a visita da delegação dos EUA é "inapropriada". A União Europeia, por sua vez, afirmou que está "ao lado" de Copenhague e sempre defenderá "o respeito pela soberania e integridade territorial".
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