Duramente afetadas pela pandemia de Covid-19, as cidades de Brescia e Bergamo, na região da Lombardia, vão dividir o título de capital italiana da cultura em 2023.
A honraria é conferida anualmente pelo governo e serve de catalisador para um intenso calendário de eventos que vai de janeiro a dezembro. Nesta quarta-feira (5), foi revelada a campanha de comunicação criada para divulgar os municípios e as atividades.
"Bergamo e Brescia são baluartes do nosso território, duas realidades importantes na história e no futuro da Lombardia, símbolo de patrimônio produtivo e esforço ao serviço do bem comum", destacou o governador da região da Lombardia, Attilio Fontana.
Segundo ele, "a candidatura conjunta de Bergamo e Brescia representou uma oportunidade de renascimento e recomeço após a experiência da Covid. O trabalho em equipe, em conjunto com todos os protagonistas da área, permitirá transformar o evento numa grande oportunidade" "Ter identificado a cultura como fator de desenvolvimento é certamente um mérito", enfatizou Fontana.
A escolha de Bergamo e Brescia é particularmente comovente, tendo em vista que as cidades foram os primeiros epicentros do novo coronavírus na Europa e a situação dominou os noticiários mundiais com imagens e vídeos de hospitais sobrecarregados e relatos de milhares de mortes.
"Aderimos imediatamente à iniciativa com entusiasmo e anotamos os compromissos da região em um Protocolo de Intenção específico. O apoio da região da Lombardia ao projeto 'Bergamo-Brescia - Capitais da Cultura 2023' é concreto e factual: no total atribuímos 6,5 milhões de euros para a realização de obras de infraestruturas e eventos", completou o governador.
A cerimônia de abertura das mais de 500 iniciativas começa no dia 20 de janeiro com eventos realizados simultaneamente nas duas cidades.
A programação ao longo do ano incluirá também atividades em monumentos, palácios, degustações, além de projetos sociais e educativos para combater a vulnerabilidade. Para o triênio 2021-2023, os dois municípios preveem investimentos de 158 milhões de euros para obras de infraestruturas mais acolhedoras e sustentáveis.
As iniciativas excepcionais coroarão um denso programa de 100 projetos, sendo que mais de 90 foram financiados por 3,5 milhões de euros pela Fundação Cariplo em conjunto com as Fundações Comunitárias de Bergamo e Brescia para a promoção cultural.
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