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'Europa precisa se preparar para guerra', diz Ursula von der Leyen

'Europa precisa se preparar para guerra', diz Ursula von der Leyen

Declaração foi dada pela líder da UE durante evento na Dinamarca

BRUXELAS, 18 de março de 2025, 13:44

Redação ANSA

ANSACheck
Von der Leyen realiza visita na Dinamarca © ANSA/EPA

Von der Leyen realiza visita na Dinamarca © ANSA/EPA

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse nesta terça-feira (18) que a Europa deve ser rearmada para ter uma capacidade de dissuasão confiável até 2030.
    Em discurso durante uma cerimônia na Academia Militar Dinamarquesa, em Copenhague, a líder europeia destacou também que a Europa precisa se preparar para a guerra, se quer evitá-la.
    "Esta Academia histórica é uma das razões pelas quais escolhi a Dinamarca para falar sobre segurança. E para argumentar que se a Europa quer evitar a guerra, ela deve se preparar para a guerra", declarou ela.
    Segundo von der Leyen, "até 2030, a Europa deve ter uma postura forte em matéria de defesa" e "estar preparado para 2030 significa rearmar-se e desenvolver as capacidades necessárias para uma dissuasão confiável".
    Antecipando um dos pilares do Livro Branco da Defesa, a presidente da Comissão Europeia enfatizou a necessidade de investir em transporte militar, munição, drones, defesa aérea e mísseis.
    "A escala, o custo e a complexidade dos projetos estão muito além das capacidades de qualquer país. É por isso que precisamos desenvolver projetos de larga escala e intensificar as compras conjuntas", explicou.
    Durante sua intervenção, von der Leyen também destacou que a "Rússia está agora em um caminho irreversível para criar uma economia de guerra", principalmente por expandir "enormemente sua capacidade de produção militar-industrial".
    De acordo com ela, 40% do orçamento federal é alocado para Defesa, o equivalente a 9% de seu Produto Interno Bruto (PIB), e "este investimento alimenta sua guerra de agressão na Ucrânia, enquanto a prepara para um futuro confronto com democracias europeias".
    Por fim, reforçou que "a Dinamarca está profundamente ciente de sua segurança e das ameaças que a preocupam". "Não menos importante por causa de sua geografia única e estratégica. Mas também por causa de eventos recentes, como a competição contínua por influência na região do Ártico, incluindo a Groenlândia".
    "A todos os cidadãos da Groenlândia - e da Dinamarca em geral - quero deixar claro que a Europa sempre defenderá a soberania e a integridade territorial", concluiu ela, sem citar o desejo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de anexar a Groenlândia.
   

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