Após uma reunião virtual com líderes do G7, os presidentes dos Estados Unidos e da França, Donald Trump e Emmanuel Macron, respectivamente, discutiram a guerra na Ucrânia em uma cúpula bilateral realizada nesta segunda-feira (24) em Washington.
O republicano mencionou durante o encontro com seu homólogo francês que a União Europeia "fornecerá garantias de segurança", enquanto Macron confirmou que o continente está pronto para se tornar um parceiro de defesa mais forte.
O líder europeu disse para o americano que espera um envolvimento "firme" dos EUA para garantir a paz em Kiev, além de ter defendido que os ucranianos devem estar presentes nas negociações de paz com os russos.
Trump foi claro ao afirmar que a guerra na Ucrânia pode terminar em apenas "algumas semanas". O magnata complementou que Vladimir Putin, presidente da Rússia, aceitará tropas europeias de manutenção da paz em solo ucraniano.
O americano confirmou que se encontrará em breve com Putin e o mandatário da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, sem dar mais detalhes em relação ao assunto. G7 e Itália
Macron mencionou que a conversa entre os líderes do G7, que ele e Trump acompanharam da Casa Branca, foi "perfeita". Além disso, o francês destacou que seu colega americano foi "muito amigável, como sempre".
A videochamada do grupo durou pouco mais de uma hora e teve a participação da primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, que recebeu elogios de Trump.
"Gosto da Itália, é um país muito importante. Eles possuem uma mulher fantástica na liderança. Ela estava no G7 hoje. Acho que a Itália está indo muito bem e tem uma liderança muito forte com Giorgia", disse o republicano.
Na conversa, a premiê "reiterou que a prioridade da Itália é construir, junto com parceiros europeus e ocidentais e junto com a Ucrânia, uma paz justa e duradoura".
"Uma perspectiva de paz que é possível hoje graças à resistência heroica do povo ucraniano e ao apoio ocidental que nunca falhou nestes três anos, e que deve ser baseada na definição de garantias reais e efetivas de segurança", declarou.
Coletiva de imprensa entre os líderes
Em uma coletiva de imprensa em conjunto com Trump nos Estados Unidos, Macron declarou que a paz na Ucrânia "não pode significar a rendição do país".
"Ninguém quer viver em um mundo onde a lei do mais forte prevalece e as fronteiras internacionais podem ser violadas de um dia para o outro", analisou o mandatário.
O republicano, por sua vez, mencionou que a cúpula com Macron representou um "passo adiante em direção à paz na Ucrânia".
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS © Copyright ANSA