A illycaffè estuda transferir parte da produção para os Estados Unidos para minimizar os efeitos de eventuais tarifaços do presidente Donald Trump, que promete anunciar sobretaxas contra uma série de mercadorias do mundo todo em 2 de abril.
"Estamos fazendo scouting, um trabalho de avaliação para entender se uma parte do que vendemos no mercado dos EUA pode ser produzida ali. Esperamos que não seja necessário, mas estamos todos com a respiração presa para entender se haverá tarifas sobre o café", disse à ANSA a CEO da empresa italiana, Cristina Scocchia.
Atualmente, a illycaffè compra seus grãos em diversos países do mundo, sobretudo no Brasil, e produz seu blend na unidade da empresa em Trieste, nordeste da Itália.
"Para realizar uma linha de montagem são necessários dois anos", explicou a executiva, acrescentando que a reação para eventuais tarifas de importação passaria pela "identificação de algumas estruturas" em solo americano.
Hoje os EUA são o segundo principal mercado da illy, com cerca de 20% do total, atrás apenas da Itália, com 30%. "É o maior mercado do mundo em consumo de café, e os consumidores adoram o made in Italy de qualidade. Existe uma grande afinidade", declarou Scocchia.
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