O governo da Rússia elogiou os Estados Unidos pela decisão de não apoiar resoluções na Organização das Nações Unidas (ONU) que condenassem Moscou pela guerra na Ucrânia, que completou três anos na última segunda-feira (24).
"Os Estados Unidos estão assumindo uma posição muito mais equilibrada, o que ajuda de verdade os esforços voltados a resolver o conflito", disse nesta terça (25) o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. "Talvez, com base nos resultados dos contatos entre europeus e americanos, a Europa também gravitará rumo a um maior equilíbrio", salientou.
Na última segunda, os EUA se juntaram a países como Rússia, Coreia do Norte e Belarus e votaram contra uma resolução na Assembleia da ONU que condena Moscou pela invasão à Ucrânia e cobra o fim da ocupação russa no leste do país.
Mais tarde, o Conselho de Segurança aprovou, com voto conjunto de Moscou e Washington, uma resolução pedindo um "fim rápido" da guerra, mas sem culpar a Rússia pelo conflito.
Durante a gestão de Joe Biden, os Estados Unidos apoiavam somente textos que condenavam a agressão de Moscou.
No entanto, desde que reassumiu a Casa Branca, o presidente Donald Trump tem promovido uma deriva pró-Rússia e chegou a chamar o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, de "ditador", adjetivo que ele se negou a atribuir a Vladimir Putin.
Os dois países iniciaram negociações à revelia de Kiev, e Trump tenta forçar Zelensky a aceitar um acordo que comporte a renúncia aos territórios conquistados por Moscou e uma restituição das ajudas militares fornecidas pelos EUA nos últimos três anos, por meio do acesso privilegiado de americanos às terras raras ucranianas.
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