A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva (Rede), afirmou na noite desta segunda-feira (10) que não pretende "deixar" o cargo em meio às pressões exercidas por diversos ministros e setores para que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) libere a licença ambiental que permita a exploração de petróleo na Bacia do Rio Amazonas.
Em entrevista ao programa Roda Viva, Marina disse não se sentir "isolada" no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mesmo após o presidente ter criticado o Ibama pela suposta demora na liberação da licença para a Petrobras realizar perfurações no Bloco FZA-M-59, localizado na Bacia da Foz do Amazonas, parte da Margem Equatorial brasileira.
Sem citar nomes, a ministra admitiu ser alvo de "pressões" por parte de ministros, como o titular de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), e da presidente da Petrobras, Magda Chambriard.
Marina comparou o cenário atual a situações enfrentadas "em mandatos anteriores" de Lula, quando manteve um embate com a então ministra Dilma Rousseff (PT), que comandou as pastas de Minas e Energia e Casa Civil.
Questionada se as pressões podem influenciar a decisão do Ibama, órgão vinculado ao seu ministério, Marina respondeu: "Se todas as dificuldades forem superadas durante o processo de licenciamento, a licença pode ser concedida. Caso contrário, ela será negada. Mas é uma decisão técnica".
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