O ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias, e a primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva, discutiram nesta quarta-feira (12), em Roma, a implementação e avanços da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.
Os dois participaram da reunião do Conselho de Governadores do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), que teve como evento central a conferência "Desbloqueando o Potencial da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza".
O evento marca a primeira oportunidade global para discutir meios de implementação e avançar compromissos, três meses após o lançamento da iniciativa promovida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, considerada a principal bandeira brasileira à frente do G20.
Segundo nota divulgada pelo governo Lula, Dias acredita que o envolvimento dos países de todas as regiões, particularmente aqueles na linha de frente das mudanças climáticas e da insegurança alimentar, é fundamental para tornar a Aliança um sucesso.
"Não se trata de fazer o trabalho por esses Estados, mas sim de dar a eles as condições mínimas, financiamento e conhecimento, para que possam cuidar de suas populações com seus próprios meios. É muito mais barato construir capacidade, construir sistemas nacionais permanentes e eficientes de prevenção e resposta, do que sustentar respostas emergenciais em sucessão, marginalizando os governos locais e mantendo-os na dependência", ponderou ele.
Por sua vez, Janja abordou o fortalecimento dos sistemas alimentares e seus desafios. "Quando falamos de combate à fome e à pobreza, estamos falando da necessidade de sistemas alimentares mais sustentáveis, inclusivos e resilientes. E que sejam produtores de alimentos baratos e saudáveis", destacou.
Além disso, a primeira-dama do Brasil reforçou que é preciso "esforços coordenados e concretos, com uma abordagem multidisciplinar que considere a diversidade interna e externa aos países".
Janja citou "governos, instituições financeiras e de conhecimento, e organizações da sociedade civil trabalhando em parceria para multiplicar os impactos dos recursos que diminuem a cada dia".
A reunião do FIDA contou com a presença de representantes de países que visam ser beneficiados dentro da Aliança, que conta com a adesão de 89 países, 66 organizações internacionais, 10 instituições financeiras e diversas fundações filantrópicas e organizações não-governamentais e vai "articular recomendações, políticas públicas eficazes e fontes de financiamento".
A iniciativa já firmou compromissos com 41 governos nacionais e 32 organizações internacionais, mirando objetivos como alcançar 500 milhões de pessoas com transferências de renda em países de renda baixa; alcançar mais 200 milhões de estudantes com expansão de alimentação escolar; mais 150 milhões de crianças e mães com programas de apoio à primeira infância, e mais 100 milhões de pessoas com programas de inclusão socioeconômica.
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