As negociações entre as delegações dos Estados Unidos e da Ucrânia sobre uma trégua na guerra deflagrada pela Rússia há mais de três anos começaram neste domingo (23) em Riad, anunciou o Ministro da Defesa de Kiev.
"Começamos a reunião com a equipe americana em Riad", escreveu no Facebook Roustem Umerov, que lidera a delegação ucraniana para essas negociações.
Segundo ele, "a agenda inclui propostas para proteger energia e infraestrutura crítica".
Já o enviado do presidente dos EUA, Donald Trump, Steve Witkoff, expressou hoje o seu otimismo, dizendo que esperava "progressos concretos" durante as negociações.
Ele ressaltou que o cenário na Europa hoje "é muito diferente da Segunda Guerra Mundial" e explicou que o líder russo, Vladimir Putin, "não quer conquistar tudo do Velho Continente".
No entanto, criticou o plano do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e outros líderes europeus de criar uma força internacional para apoiar um cessar-fogo na Ucrânia.
"É uma pose, uma atitude", afirmou a autoridade norte-americano, enfatizando que não via necessidade de envio de forças europeias para garantir a segurança.
Novo ataque - Hoje, autoridades ucranianas informaram que um drone russo atingiu um prédio em Kiev e os serviços de emergência foram acionados.
"De acordo com as informações disponíveis, três pessoas morreram, incluindo uma menina de cinco anos. Outras 10 ficaram feridas. Entre os mortos estão um pai e sua filha. E o mais novo dos feridos no ataque russo tem apenas 11 meses de idade", disse um comunicado à imprensa.
Várias explosões foram ouvidas na capital ucraniana nas últimas horas, às vésperas das negociações para encerrar o conflito que acontecerão na Arábia Saudita.
Alguns prédios da capital foram atingidos por esses ataques, provocando incêndios nos andares superiores dos edifícios, assim como em pelo menos dois outros bairros, informou o prefeito da cidade, Vitali Klitschko.
'Só eu posso parar a guerra na Ucrânia', diz Trump
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse hoje (23) que só ele pode encerrar a guerra deflagrada pela Rússia na Ucrânia.
Em entrevista ao site Outkick, o republicano destacou que tem "um bom relacionamento" tanto com o presidente russo, Vladimir Putin, quanto com o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky.
"Ninguém mais, exceto eu, é capaz de parar a guerra na Ucrânia", enfatizou. "Quero evitar que mais soldados morram — mesmo que não sejam americanos — porque tudo isso pode levar à terceira guerra mundial", acrescentou o magnata, sustentando que "esforços para evitar uma nova escalada na guerra entre Ucrânia e Rússia estão em andamento".
Conversa com EUA em Riad 'é bastante útil', diz Zelensky
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que a conversa com os Estados Unidos, que acontece na Arábia Saudita hoje(23), "é bastante útil".
Zelensky destacou que "hoje é a segunda reunião das equipes ucraniana e americana na Arábia Saudita, desta vez em um nível mais técnico, com os "nossos militares, nossos diplomatas, nossos representantes do Ministério da Energia".
"Acabei de falar com o ministro da Defesa, Rustem Umerov. Ele me contou sobre a reunião e o progresso das negociações. Nossa equipe está trabalhando de forma absolutamente construtiva, a conversa é bastante útil. O trabalho das delegações continua", concluiu.
EUA e Ucrânia concluem 'diálogo produtivo' sobre guerra
O governo ucraniano anunciou neste domingo (23) que concluiu sua reunião "produtiva e focada" com a delegação dos EUA, na Arábia Saudita, na tentativa de encerrar a guerra deflagrada pela Rússia.
"Concluímos nossa reunião com a equipe americana. A discussão foi produtiva e focada: abordamos pontos-chave, incluindo energia", afirmou o ministro da Defesa da Ucrânia, Rustem Umerov, que está em Riad.
Segundo ele, "o objetivo do presidente Volodymyr Zelensky é garantir uma paz justa e duradoura para nosso país e nosso povo, e, por extensão, para toda a Europa". "Estamos trabalhando para tornar esse objetivo uma realidade", concluiu. (ANSA)
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