O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira (21) que as principais diretrizes para um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia já foram definidas.
A declaração foi dada em coletiva de imprensa no Salão Oval da Casa Branca, na semana em que o magnata teve longas reuniões com os presidentes Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky para tentar encerrar o conflito de mais de três anos no leste europeu.
"Eu lidei muito bem com os dois cavalheiros, e acho que temos os contornos de um acordo", assegurou Trump. "Acho que teremos um cessar-fogo", acrescentou o presidente.
Zelensky já concordou com uma trégua imediata de 30 dias, enquanto Putin aceitou apenas interromper os ataques à rede elétrica da Ucrânia por um mês. Para um cessar-fogo total, o Kremlin exige o fim da ajuda militar ocidental ao país vizinho.
Também são incertas as garantias de segurança cobradas por Kiev contra eventuais futuras agressões russas. França e Reino Unido tentam construir uma coalizão de países dispostos a enviar tropas de paz, ideia que encontra resistência na Europa.
Outra hipótese é mandar uma missão de paz sob bandeira da ONU, mas essa possibilidade foi criticada pelo próprio Zelensky nesta sexta. "Com todo o respeito, a ONU não nos protegeria de uma invasão ou do desejo de Putin de voltar. Não vemos a ONU como uma alternativa a um contingente ou a garantias de segurança", afirmou.
Segundo fontes europeias que acompanham as negociações, o envolvimento das Nações Unidas seria apenas uma parte do mecanismo, que teria quatro níveis de segurança: capacetes azuis de países de fora da Europa em uma zona desmilitarizada para observar o respeito à trégua, forças ucranianas, um contingente de países voluntários e uma salvaguarda dos EUA.
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