Líderes da União Europeia (UE) reforçaram seu apoio à Ucrânia, nesta quinta-feira (20), durante uma cúpula em Bruxelas na qual discutem a guerra deflagrada pela Rússia há mais de três anos.
Em comunicado, os países-membros destacaram que o bloco "mantém a sua abordagem de 'paz através da força', que exige que a Ucrânia esteja na posição mais forte possível, com as suas sólidas capacidades militares e de defesa como um componente essencial".
"A UE continua empenhada, em coordenação com parceiros e aliados que partilham a mesma abordagem, em fornecer mais apoio global à Ucrânia e ao seu povo, no exercício do seu direito intrínseco à autodefesa contra a guerra de agressão da Rússia", acrescentaram.
Em discurso por videoconferência na cúpula, divulgada nas redes sociais, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, enfatizou que a Rússia precisa ser pressionada para que a paz seja alcançada.
"O fato de esforços diplomáticos estarem em andamento não significa que a Rússia deva ser submetida a menos pressão", ressaltou ele, acrescentando que "este é um fator extremamente importante para reduzir a possibilidade de engano por parte" de Moscou.
Para Zelensky, "é necessário que o apoio à Ucrânia não diminua, mas continue e cresça". "Isto aplica-se em particular à defesa aérea, à assistência militar e à nossa resiliência geral".
De acordo com o líder ucraniano, seu país precisa "de fundos para projéteis de artilharia" e ficaria muito grato se a Europa fornecesse um "apoio de pelo menos 5 bilhões de euros o mais rapidamente possível".
Por sua vez, secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, expressou sua preocupação com a guerra e defendeu que "é essencial que o cessar-fogo conduza a uma paz justa, que respeite a integridade territorial da Ucrânia e o direito internacional".
"O multilateralismo está vivo, desempenha um papel, e a prova é que estou aqui com a União Europeia. Com a UE lutamos por uma comunidade internacional melhor", concluiu Guterres.
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