Este é o primeiro processo em um tribunal penal contra um presidente em exercício na história da Coreia do Sul. No mês passado, promotores indiciaram Yoon após acusá-lo de liderar uma insurreição pela breve imposição da lei marcial em 3 de dezembro.
Na tentativa de esclarecer as principais controvérsias do caso e planejar os próximos passos, a defesa de Yoon alegou que seu cliente queria impedir uma "ditadura legislativa do enorme partido da oposição".
Os advogados disseram ainda que precisam de mais tempo para analisar os registros e pediram para cancelar sua detenção, afirmando que a investigação foi feita de maneira ilegal e que não havia risco de Yoon tentar destruir evidências.
Não ficou claro quando o tribunal decidirá sobre a prisão, mas o juiz marcou a próxima audiência do caso criminal para 24 de março.
Por outro lado, a Promotoria solicitou a manutenção da reclusão, usando como justificativa "a possibilidade de que o acusado possa influenciar ou persuadir as pessoas envolvidas no caso".
Apesar de comparecer na audiência, Yoon não falou no tribunal, que teve seus arredores lotados por seus apoiadores em um protesto para exigir sua libertação imediata. Segundo a agência Yonhap, a polícia mobilizou cerca de 3,2 mil agentes perto do prédio do Tribunal Distrital Central.
Yoon está detido desde meados de janeiro, após um mandado de prisão ter sido executado por incitação à insurreição, um crime que pode ser punido com pena de morte ou sentença de prisão perpétua.
A lei marcial tinha como objetivo fechar o Parlamento, proibir protestos e suspender atividades partidárias, porém sofreu forte resistência política e popular, foi revogada pela Assembleia Nacional e durou apenas seis horas.
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