O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, insistiu nesta quinta-feira (6) no plano de expulsar os palestinos da Faixa de Gaza para transformar o enclave de 2 milhões de habitantes em uma espécie de grande empreendimento imobiliário.
Em seu perfil na rede social Truth, o magnata disse que o território seria "entregue" aos EUA por Israel após a conclusão da guerra contra o Hamas. "Os palestinos seriam reassentados em comunidades muito mais bonitas e seguras, com casas novas e modernas, na região. Eles teriam a chance de ser felizes, seguros e livres", acrescentou.
O plano de transformar Gaza em uma "Riviera no Oriente Médio" foi divulgado por Trump na última terça (4), durante um encontro com o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, e foi criticado por quase toda a comunidade internacional, sobretudo os países árabes.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, chegou a falar em "limpeza étnica". Após a repercussão negativa, a Casa Branca disse que o presidente nunca defendeu a remoção permanente dos palestinos de Gaza, mas o republicano voltou ao tema nesta quinta.
"Os EUA, trabalhando com grandes times de desenvolvimento de todo o mundo, começariam lenta e cuidadosamente a construção daquilo que seria um dos maiores e mais espetaculares desenvolvimentos desse tipo na Terra. Não seriam necessários soldados dos EUA. A estabilidade na região reinaria", escreveu Trump.
A Faixa de Gaza é habitada por árabes há séculos e é tida como parte integrante de um futuro Estado palestino pela comunidade internacional, assim como a Cisjordânia ocupada.
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