A polícia boliviana prendeu mais de 40 apoiadores do ex-presidente Evo Morales (2006-2019) no segundo dia consecutivo de protestos contra o governo em La Paz.
As manifestações, marcadas pelos confrontos entre a política e os militantes, foram convocadas contra a crise econômica que afeta o país e para exigir que o processo judicial contra Morales por suposto abuso de uma menor de 15 anos, que teria engravidado em 2016, seja interrompido.
Segundo a imprensa local, citando o governo da Bolívia, cerca de 41 manifestantes foram presos por transportar material explosivo.
Ontem (14), Morales deveria ter comparecido a uma audiência judicial no departamento de Tarija, mas o processo foi suspenso e adiado até sexta-feira (17) depois que seus advogados apresentaram um atestado médico alegando que seu cliente está com problemas de saúde.
O ex-líder dos "cocaleros", que também está proibido de sair do país, evita aparições públicas desde setembro para escapar do mandado de prisão expedido contra ele pelo Ministério Público.
Morales e seus apoiadores acusam o atual presidente e colega de partido, Luis Arce, de ter arquitetado uma conspiração político-judicial para excluí-lo da disputa das eleições presidenciais de agosto.
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