A polícia italiana encontrou o carro do brasileiro Alphaville Pedrosa de Melo, 30, que sumiu em Roma, sem deixar pistas, no último 31 de dezembro. A notícia foi confirmada nesta sexta-feira (17) à ANSA por Rocco Micale, vice-presidente da Associação Penelope, instituição que presta assistência a familiares de desaparecidos no país.
O Peugeot escuro com placa de Portugal, que o pernambucano dirigia, foi localizado na última quarta-feira (15) em uma reserva natural de Bufalotta, periferia da capital.
Dentro do veículo, as autoridades acharam malas, a carteira e o passaporte de Alphaville, enquanto do lado de fora, em meio ao campo, havia um casaco e um pé de sapato, que a mãe do rapaz, Letícia Maria Schneider, reconheceu sendo dele.
Segundo Micale, "a polícia científica não encontrou sinais de sangue", indicando que não houve violência no local.
A área onde o carro estava mantém a versão do relato de Alphaville a sua mãe, na última conversa que tiveram, antes de desaparecer. Na virada do ano, por volta das 14h, ele, que estava a caminho do trabalho, contou à Letícia que seu carro havia dado "pane" em um lugar "distante" da área central de Roma.
Apesar de estar sumido há duas semanas, as autoridades descobriram que a conta bancária de Alphaville estava sendo movimentada através de um cartão de crédito, que foi localizado nas mãos de um amigo do rapaz, cuja identidade não foi revelada.
"O amigo disse que eles haviam trocado os cartões, mas o cartão do amigo não foi encontrado na carteira de Alphaville dentro do carro", comenta Micale.
Em entrevista à ANSA no último dia 9, Letícia revelou que o filho aparentava nervosismo e preocupação uma semana antes do sumiço.
"Mãe, se eu sumir, se acontecer alguma coisa comigo, a senhora deve seguir sua vida", escreveu ele em 23 de dezembro.
Após receber o alerta, Letícia ligou para o filho, que a tranquilizou, dizendo para ela "não levar a sério, pois estava apenas nervoso". Pouco mais de uma semana depois, Alphaville sumiu misteriosamente.
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