O ex-presidente Jair Bolsonaro criticou a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que o tornou réu nesta quarta-feira (26) ao lado de outras sete pessoas por crimes ligados a uma tentativa de golpe de Estado.
Ele afirmou que as "acusações são infundadas" e que parecem ser "algo pessoal".
"Se eu fosse um mané, como qualquer outro, ninguém iria processar", declarou Bolsonaro durante seu primeiro pronunciamento à imprensa após se tornar réu.
O ex-chefe de Estado também negou aos jornalistas que tenha envolvimento na tentativa de golpe.
"Não convoquei os conselhos da República, nem atos preparatórios houve para isso. Golpe não tem lei, não tem norma", falou, acrescentando que desencorajou manifestações violentas em transmissões ao vivo nas redes sociais, mas que o ministro Alexandre de Moraes não levou esse material em consideração no processo.
"Ele bota o que ele quer lá, por isso que os inquéritos dele são secretos", disse.
O réu também citou, diversas vezes, que muitas de suas atitudes "não são crimes", como se negar a passar a faixa presidencial a Lula ou confirmar ter "discutido hipóteses de dispositivos constitucionais" com os comandantes das Forças Armadas.
"Os comandantes jamais embarcariam em uma aventura. Eu discuti hipóteses de dispositivos constitucionais. Isso não é crime", ressaltou Bolsonaro.
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