O filme "Anora", dirigido por Sean Baker e vencedor de cinco estatuetas no Oscar 2025, teve uma campanha publicitária de US$ 18 milhões para conseguir chegar até a cerimônia de gala no Teatro Dolby, em Los Angeles.
Tom Quinn, CEO da produtora Neon, que adquiriu e distribuiu o premiado longa-metragem, revelou que o valor gasto em marketing e distribuição, por exemplo, foi três vezes maior do que Baker desembolsou para fazer o longa.
Em um podcast especializado em bastidores de Hollywood, Quinn avaliou que a Neon "seguiu o ritmo do seu próprio tambor" para resumir a estratégia que pequena empresa adotou para levar o filme ao palco do Oscar.
Enquanto os grandes estúdios gastaram dezenas de milhões de dólares em grandes noites promocionais, exibições com tapetes vermelhos e publicidades chamativas, a Neon se concentrou em eventos menores que pudessem capturar o público nas redes sociais.
No ano passado, um caminhão estacionou do lado de fora de uma oficina mecânica em Los Angeles para uma venda temporária de produtos do filme. Horas antes do veículo entrar no estacionamento, mais de 300 pessoas já esperavam na fila para pegar camisetas e chinelos com a inscrição "Anora".
Em outra estratégia, em vez de enviar os habituais presentes inspirados na produção a Neon encaminhou DVDs físicos para os eleitores do prêmio. Já a primeira exibição do filme foi assistida por profissionais do sexo em vez dos membros da Academia.
"É uma estratégia que faz com que as pessoas gostem do filme", disse Quinn, que possui 60 funcionários na produtora e superou grandes estúdios como Disney e Netflix.
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS © Copyright ANSA