O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) confirmou a morte de mais de 130 crianças na Faixa de Gaza após os ataques de Israel nesta terça-feira (18).
"Alguns dos bombardeiros atingiram abrigos improvisados onde crianças e famílias dormiam, o que nos lembra, mais uma vez, que em Gaza nenhum lugar é seguro", disse a diretora-geral da Unicef, Catherine Russell.
Ela ainda lembrou que os ataques ocorrem enquanto a ajuda humanitária na região segue bloqueada há 16 dias pelos israelenses, que também cortaram a energia elétrica e o acesso à água potável no enclave, o que "agrava os riscos" para os menores.
"Hoje um milhão de crianças em Gaza, que suportou mais de 15 meses de confronto, foi mergulhada de novo em um mundo de medo e morte. Os ataques e a violência devem parar agora", pediu a representante da Unicef.
Após quase dois meses de trégua, Israel bombardeou a Faixa de Gaza na madrugada desta terça e deixou mais de 400 mortos no enclave palestino, em uma escalada que ameaça enterrar de vez as tentativas de resolução do conflito no Oriente Médio.
Segundo o governo israelense, o ataque foi ordenado pelo premiê Benjamin Netanyahu e pelo ministro da Defesa Israel Katz devido às "repetidas recusas do Hamas em libertar os reféns" e após o grupo fundamentalista islâmico ter "rechaçado todas as propostas" feitas pelos Estados Unidos e pelos mediadores.
"As Forças de Defesa Israelenses [IDF] atacaram alvos do Hamas em toda a Faixa. A meta é alcançar os objetivos da guerra, incluindo a libertação de todos os reféns, vivos e mortos", diz uma nota do gabinete de Netanyahu. As IDF também indicaram que o grupo palestino preparava novos atentados e estava se "reorganizando".
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