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Sogros de Adilma pedem indenização de 2 milhões de euros

Sogros de Adilma pedem indenização de 2 milhões de euros

Brasileira apelidada de 'louva-a-deus' é julgada na Itália

VARESE, 24 de fevereiro de 2025, 15:16

Redação ANSA

ANSACheck
Adilma também é acusada pela morte de seu segundo marido © ANSA/Reprodução

Adilma também é acusada pela morte de seu segundo marido © ANSA/Reprodução

Os pais do italiano Fabio Ravasio entraram na Justiça com um pedido de indenização de mais de 2 milhões de euros (R$ 12 milhões) pelo assassinato do filho, ocorrido em agosto passado e que tem a brasileira Adilma Pereira Carneiro, a "louva-a-deus de Parabiago", como principal acusada.
    Annamaria Trentarossi e Mario Ravasio apresentaram a solicitação de ressarcimento de 2,15 milhões de euros (R$ 12,9 milhões) nesta segunda-feira (24) perante o tribunal de Busto Arsizio, na Lombardia, norte da Itália, onde corre o processo.
    Ao mesmo tempo, o juiz Giuseppe Fazio aceitou o pedido para avaliação psiquiátrica de outro réu no caso, Marcello Trifone, atual marido de Adilma. Segundo a defesa, Trifone tem "um grave distúrbio de personalidade" e era "incapaz de compreensão e vontade no momento do crime".
    Fazio, por outro lado, negou pedido semelhante para o réu Igor Benedito, filho da "louva-a-deus" e que dirigia o carro que atropelou e matou Ravasio intencionalmente, segundo a acusação.
    Por fim, o tribunal também negou ao réu Massimo Ferretti, tido como um dos amantes da brasileira, um pedido de justiça restaurativa, que prevê benefícios em troca de confissão e arrependimento de um crime. Recentemente, Ferretti escreveu uma carta em que pede perdão aos pais da vítima e se oferece para encontrá-los, hipótese rechaçada pelos genitores.
    Durante um interrogatório, Adilma chegou a acusar Ferretti de ser o idealizador do plano para matar Ravasio, 52, vítima de um atropelamento quando andava de bicicleta em 9 de agosto de 2024, na cidade de Parabiago, província de Milão, Lombardia.
    Para o Ministério Público, no entanto, não se tratou de um mero acidente de trânsito, mas de um assassinato encomendado por Adilma, cujo julgamento, com outros sete cúmplices, teve início no último 27 de janeiro.
    Além da brasileira, de Ferretti, Trifone e Benedito, também são réus Fabio Oliva, Fabio Lavezzo, Mirko Piazza e Mohamed Daibi.
    Segundo as investigações, no carro estavam todos os réus, com exceção de Piazza, que avisou o motorista sobre a aproximação de Ravasio, e de Daibi, que se jogou no chão para fingir um mal-estar, atrapalhar o trânsito e facilitar a fuga do veículo dirigido por Benedito.
    De acordo com o MP, a mulher, que teria planejado o assassinato durante meses, queria ficar com o patrimônio de seu namorado, avaliado em cerca de 3 milhões de euros, entre propriedades e um comércio na cidade de Magenta, também na região da Lombardia. Ela alega inocência.
    Enquanto Adilma e seus cúmplices são julgados pelo caso de Parabiago, a Justiça italiana reabriu a investigação sobre a morte de um ex-marido da brasileira, Michele Della Malva, em dezembro de 2011.
    De acordo com o MP, o falecimento do homem, inicialmente atribuído a um infarto, pode ter sido provocado por envenenamento a mando da "louva-a-deus", que teria sido executado pelo ex-amante dela e ex-cunhado da vítima, Maurizio Massè, que também está preso.
   

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