Um projeto de lei para endurecer a política migratória proposto pela União Democrata Cristã (CDU), partido conservador da ex-chanceler Angela Merkel e hoje liderado por Friedrich Merz, não foi aprovado nesta sexta-feira (31) no Bundestag, o Parlamento alemão.
Ao todo, 338 deputados votaram a favor do projeto, que recebeu amplo apoio da legenda de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD), mas 350 foram contrários e cinco parlamentares se abstiveram.
O resultado final do pleito foi celebrado por uma breve salva de palmas dos social-democratas e verdes no poder, que eram os principais opositores da medida. O debate chegou a ser adiado para permitir conversas entre o bloco conservador CDU-CSU e outras siglas moderadas para tentar entrar em um acordo.
Alice Weidel, líder da AfD, admitiu que o placar adverso no Bundestag foi uma "derrota amarga".
"Um verdadeiro avanço na questão da imigração só é possível com o AfD. O que vimos hoje é a implosão de um partido conservador", afirmou a política de 45 anos.
A rejeição do texto ocorreu poucos dias depois de a CDU provocar uma reação negativa ao forçar uma resolução não vinculativa sobre a questão com votos da AfD, uma maioria que não era formada no Parlamento desde a Segunda Guerra Mundial.
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