O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou nesta sexta-feira (24) que a retirada das Forças de Defesa do país (FDI) do sul do Líbano pode levar mais tempo do que o previsto no acordo de cessar-fogo de novembro.
Segundo o documento da trégua, as tropas israelenses e do grupo xiita Hezbollah devem se retirar do território libanês até 26 de janeiro, fim do prazo de 60 dias.
"A retirada depende do tempo que o exército libanês levará para se deslocar para a parte sul do Líbano e implementar o acordo de forma completa e eficaz, incluindo a retirada do Hezbollah além do Rio Litani", diz o governo israelense.
A nota explica ainda que "tudo isso será feito em estreita cooperação com os Estados Unidos" e destaca que Israel não colocará seus cidadãos [no norte] em risco.
De acordo com o governo Netanyahu, o objetivo "é dar aos moradores a segurança para retornar para casa".
O Exército israelense invadiu o sul do Líbano no dia 1º de outubro de 2024, no ápice da guerra de um ano com o Hezbollah, que lançou uma ofensiva em solidariedade ao Hamas. O acordo de cessar-fogo foi firmado em novembro passado e prevê que as FDI devem ceder todas as suas posições na região às Forças Armadas Libanesas até 26 de janeiro.
Ontem, porém, a imprensa internacional divulgou que o governo de Netanyahu pediu aos Estados Unidos mais 30 dias para retirar suas tropas do sul do Líbano, poucos dias antes do prazo de 60 dias estabelecido no acordo de cessar-fogo com o Hezbollah expirar.
O Hezbollah, por sua vez, rejeitou qualquer adiamento do prazo, porque "seria uma violação flagrante do acordo, uma violação contínua da soberania libanesa".
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