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Hamas e Jihad Islâmica libertam reféns em meio a multidão

Hamas e Jihad Islâmica libertam reféns em meio a multidão

Grupos soltaram 3 israelenses e 5 tailandeses raptados em 2023

TEL AVIV, 30 de janeiro de 2025, 08:50

Redação ANSA

ANSACheck
Arbel Yehud cercada por militantes do Hamas e da Jihad Islâmica em Khan Younis © ANSA/AFP

Arbel Yehud cercada por militantes do Hamas e da Jihad Islâmica em Khan Younis © ANSA/AFP

Os grupos fundamentalistas Hamas e Jihad Islâmica libertaram nesta quinta-feira (30) mais oito reféns sequestrados em Israel nos atentados terroristas de 7 de outubro de 2023, como parte do acordo de cessar-fogo que paralisou o conflito na Faixa de Gaza em 19 de janeiro.
    A primeira pessoa a ser solta nesta quinta foi a soldado Agam Berger, 20 anos, última mulher militar em poder do Hamas e entregue à Cruz Vermelha depois de ser exibida em um palco em Jabalia, no norte do enclave, ao lado de milicianos armados do Hamas. Ela ainda foi forçada a posar para fotos com um certificado emoldurado.
    Berger havia sido raptada no posto de observação de Nahal Oz, na fronteira com Gaza, ao lado das também militares Karina Ariev, Daniella Gilboa, Naama Levy e Liri Albag, que foram libertadas no último sábado (25). A soldado está agora na base militar de Re'im, onde reencontrou familiares após quase 500 dias em cativeiro.

Soldado Agam Berger foi exibida em palco antes de ser entregue à Cruz Vermelha

 
    Algumas horas depois, a Jihad Islâmica, aliada do Hamas, entregou os israelenses Arbel Yehud, mulher civil de 29 anos, e Gadi Moses, 80, primeiro homem libertado no âmbito do cessar-fogo, em Khan Younis, no sul de Gaza, além de cinco tailandeses sequestrados nos atentados de 7 de outubro.
    A entrega dos reféns para a Cruz Vermelha ocorreu perto dos destroços da casa de Yahya Sinwar, líder do Hamas morto por Israel em outubro passado, e em meio a uma multidão ensandecida, com gritos, assobios e vaias, o que irritou o governo do premiê Benjamin Netanyahu.
    "São muito graves as imagens chocantes da libertação de nossos reféns. Essa é mais uma prova da crueldade impensável da organização terrorista Hamas. Exijo que os mediadores assegurem que tais imagens não se repitam e garantam a segurança dos reféns", declarou o primeiro-ministro.
    A expectativa é de que o país judeu liberte 110 prisioneiros palestinos em troca dos três reféns israelenses, enquanto os tailandeses, trabalhadores agrícolas que haviam sido sequestrados em um kibutz, foram soltos em uma negociação paralela.
    A primeira fase do cessar-fogo prevê a libertação de um total de 33 reféns, sendo que oito deles estariam mortos. Até o momento, o Hamas e a Jihad islâmica soltaram 10 israelenses e cinco tailandeses.
    A próxima troca de reféns por prisioneiros está prevista para sábado (1º) e deve incluir três homens vivos, cujos nomes devem ser divulgados nesta sexta (31).
   

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