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China e Europa saem em defesa do Acordo de Paris

China e Europa saem em defesa do Acordo de Paris

'Lamentável', disse comissário da UE sobre decisão de Trump

PEQUIM, 21 de janeiro de 2025, 11:15

Redação ANSA

ANSACheck
Donald Trump assina ordem executiva durante cerimônia em Washington © ANSA/EPA

Donald Trump assina ordem executiva durante cerimônia em Washington © ANSA/EPA

O governo da China e a União Europeia lamentaram nesta terça-feira (21) a decisão do presidente Donald Trump de retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris sobre o Clima.
    O republicano já havia abandonado o tratado climático em seu primeiro mandato, mas a decisão foi revertida no início do governo do democrata Joe Biden.
    "A China está fortemente empenhada na resposta à crise climática e promoverá de modo conjunto a transição energética em escala global", disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Pequim, Guo Jiakun, expressando "preocupação" com a decisão de Trump.
    Já o comissário de Clima da UE, Wopke Hoekstra, disse que é "lamentável que a maior economia do mundo se retire do Acordo de Paris". "Um planeta com temperaturas em aumento, desastres naturais mais frequentes e modelos meteorológicos imprevisíveis será uma realidade cara e potencialmente catastrófica", declarou.
    Hoekstra ainda falou em "trabalhar junto com o Brasil e outros parceiros em vista da COP30", que será realizada em Belém, em novembro.
    A decisão de Trump chega após 2024 ter sido o ano mais quente já registrado pela humanidade e na esteira de incêndios florestais devastadores em Los Angeles. No entanto, segundo o governo americano, deixar o Acordo de Paris poupará "US$ 3 bilhões" (R$ 18 bilhões).
    O tratado climático foi assinado em 2015 e compromete o mundo a limitar o aquecimento global neste século a um valor "bem abaixo de 2ºC" em relação à era pré-industrial, com esforços para não superar 1,5ºC. Segundo cientistas, as duas metas são inalcançáveis no estado atual, o que deve provocar mudanças drásticas no clima no planeta nas próximas décadas.
   

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