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OMS lamenta rompimento de Trump e torce por reconsideração

OMS lamenta rompimento de Trump e torce por reconsideração

UE também defendeu papel da entidade e cooperação global

GENEBRA, 21 de janeiro de 2025, 10:45

Redação ANSA

ANSACheck
Sede da Organização Mundial da Saúde (OMS), em Genebra - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Sede da Organização Mundial da Saúde (OMS), em Genebra - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) lamentou nesta terça-feira (21) a decisão do presidente Donald Trump de retirar os Estados Unidos da entidade e disse esperar que o magnata repense a medida.
    "A OMS exerce um papel crucial na proteção da saúde e segurança do povo no mundo, incluindo americanos", afirmou Tarik Jasarevic, porta-voz da organização, em declaração a jornalistas em Genebra, na Suíça.
    "Esperamos que os Estados Unidos reconsiderem e estamos ansiosos para nos engajar em diálogos construtivos para manter a parceria entre a OMS e os EUA, para o benefício da saúde e do bem-estar de milhões de pessoas no mundo todo", acrescentou.
    A Comissão Europeia, poder Executivo da União Europeia, também se pronunciou e destacou que a "cooperação global no setor de saúde" é essencial para tornar o mundo "resiliente a ameaças sanitárias". "Vemos com preocupação o anúncio dos Estados Unidos e confiamos que o governo americano considerará tudo isso antes da retirada formal", disse uma porta-voz.
    Trump assinou uma ordem executiva para retirar Washington da organização poucas horas após tomar posse para seu segundo mandato. De acordo com o governo americano, a contribuição dos EUA à OMS é "desproporcional" em relação ao tamanho de sua população.
    "A China, com 1,4 bilhão de pessoas, tem 300% da população dos Estados Unidos, mas contribui com quase 90% a menos", diz o texto do decreto.
    Em julho de 2020, em plena pandemia de Covid-19, Trump já havia determinado a saída do país da Organização Mundial da Saúde por discordar da gestão da crise, porém a decisão nunca se concretizou e foi revertida por Joe Biden logo após ele tomar posse, em janeiro de 2021.
    O orçamento da OMS para o biênio 2024-2025 é estimado em US$ 6,5 bilhões (R$ 39 bilhões), sem contar recursos para ações emergenciais. No biênio anterior, os Estados Unidos repassaram à entidade US$ 260 milhões (R$ 1,6 bilhão) em contribuição fixa, valor determinado com base no PIB e na população de cada país, e US$ 698 milhões em doações voluntárias (R$ 4,2 bilhões).
    Com a saída dos Estados Unidos, a Fundação Bill e Melinda Gates se tornará a principal contribuinte da OMS, com US$ 646 milhões (R$ 3,9 bilhões) prometidos para 2024/2025.
   

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