O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na noite da última segunda-feira (20) a ordem executiva que adia a aplicação da proibição do aplicativo chinês TikTok por 75 dias.
A decisão determina que o Departamento de Justiça dos EUA não aplique a Lei de Aplicações Controladas por Adversários Estrangeiros, assinada em abril passado pelo antecessor do republicano, o democrata Joe Biden.
A legislação previa que, a partir de 19 de janeiro, o aplicativo de vídeos fosse banido no território norte-americano, a menos que ocorresse sua venda para um comprador da América ou um de seus aliados.
Apesar da decisão, não se sabe se a medida pode anular a decisão judicial que entrou em vigor no domingo passado.
Com a assinatura da ordem, Trump cumpre sua promessa de estender o prazo para "fazer um acordo para proteger a segurança nacional" e para permitir que sua administração "tenha a oportunidade de determinar o curso de ação apropriado com relação ao TikTok".
"É um aplicativo que os jovens usam e se a China rouba os dados dos jovens, francamente, não é grande coisa", afirmou o republicano no Salão Oval, enfatizando que tem "problemas maiores".
Além disso, Trump ameaçou que o governo norte-americano poderá "decidir impor tarifas à China se encontrar um acordo e Pequim não o aprovar".
Logo após, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, disse esperar que Trump escute a "voz da razão", porque "o TikTok desempenha um papel na promoção do emprego e no estímulo ao consumo nos Estados Unidos".
"A esperança é que o lado americano possa ouvir atentamente a voz da razão e proporcionar abertura e justiça aos protagonistas do mercado no Estados Unidos", concluiu Jiakun.
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