O anúncio teria causado desagrado a Bolsonaro, que considerou a decisão uma "traição", segundo fontes próximas.
Lima justificou sua decisão afirmando que o Brasil precisa de alternativas: "Estou cansado de ver o povo passar necessidade sem poder fazer muito para ajudar. Eu mesmo enfrentei muitas dificuldades na vida, mas aproveitei as oportunidades que recebi. Vim de uma condição bastante humilde".
O cantor desponta como um novo "outsider" da direita, potencialmente ameaçando a hegemonia de Bolsonaro, que está impedido de disputar as eleições de 2026 devido a uma condenação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A decisão de Lima teria sido comunicada previamente ao ex-mandatário, conforme apurado pelo jornal "Folha de S.Paulo".
Lima se mudou para Goiás em 2009 e mora em uma mansão às margens da GO-020, entre Goiânia e Bela Vista de Goiás. A mansão tem uma arquitetura que lembra a Casa Branca.
Jair Bolsonaro teria interpretado o anúncio como uma "traição" e uma jogada política articulada com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), que busca consolidar sua posição como novo líder da extrema direita, de acordo com fontes próximas ao ex-mandatário.
O cenário lembra a trajetória de outros "outsiders", como o influenciador digital Pablo Marçal, que também se lançou na política e concorreu às eleições municipais de São Paulo em 2024.
Com essa candidatura, Gusttavo Lima adiciona mais um elemento de complexidade à disputa política de 2026, sinalizando uma potencial fragmentação na base bolsonarista.
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