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Presidente do Líbano indica premiê para formar governo

Presidente do Líbano indica premiê para formar governo

Nawaf Salam foi escolhido entre Mikati e Makhzoumi

BEIRUTE, 13 de janeiro de 2025, 14:15

Redação ANSA

ANSACheck
Nawaf Salam é presidente da Corte Internacional de Justiça em Haia © ANSA/EPA

Nawaf Salam é presidente da Corte Internacional de Justiça em Haia © ANSA/EPA

O novo presidente do Líbano, Joseph Aoun, escolheu nesta segunda-feira (13) o juiz que preside a Corte Internacional de Justiça (CIJ) em Haia, Nawaf Salam, como primeiro-ministro designado para formar um governo.
    A informação foi divulgada em nota oficial da presidência, após Aoun participar de consultas parlamentares. "O presidente da República instruiu o Juiz Nawaf Salam a formar um governo, mesmo sabendo que ele está atualmente no exterior", diz o texto.
    De acordo com o governo libanês, foi decidido que o juiz retornará amanhã" ao país. Além de Salam, outros nomes eram cotados para o cargo, como o atual primeiro-ministro Najib Mikati e o parlamentar anti-Hezbollah Fouad Makhzoumi.
    No entanto, o nome de Salam teve 85 de 128 das preferências durante as consultas desta manhã, enquanto que Mikati teve apenas nove. Ao todo, foram registradas 33 abstenções.
    Os parlamentares do grupo xiita Hezbollah, que inicialmente pediram a Aoun que adiasse a reunião para a próxima terça-feira (14), mas foram forçados a ir ao palácio presidencial em Baabda por um convite firme do próprio chefe de Estado, não divulgaram nenhuma declaração no final do encontro.
    A eleição recente de Aoun e a nomeação de Salam marcam o fim de um impasse de mais de dois anos com um vácuo presidencial e um gabinete operando como interino.
    Salam é amplamente visto como um reformista e é muçulmano sunita - a única seita permitida ao cargo de primeiro-ministro. Ele já havia sido candidato ao cargo duas vezes antes, nos últimos anos.
    O juiz ganhou destaque internacional no ano passado depois de ser eleito chefe da CIJ, liderando o caso no qual a África do Sul acusou Israel de genocídio.
    A escolha de Salam é um golpe para o Hezbollah e seus aliados Amal, que teriam apoiado Mikati, segundo relatos. Em entrevista à imprensa, o líder do bloco parlamentar do Hezbollah, Mohammad Raad, disse que a mudança para designar Salam semeou "divisão" no país.
   

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