O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta sexta-feira (21) que uma missão da Organização das Nações Unidas (ONU) não teria forças para proteger Kiev da Rússia.
"Com todo o respeito, a ONU não nos protegerá de uma invasão ou do desejo de Putin de retornar", disse o mandatário ucraniano, que se encontrou hoje com seu homólogo da República Tcheca, Petr Pavel.
Zelensky também argumentou que não encara a missão pacificadora da ONU como uma alternativa ao envio de um contingente de militares estrangeiros ou que ofereça garantias de segurança ao país.
Segundo fontes familiarizadas com o assunto, o envolvimento da ONU em operações de manutenção da paz em Kiev seria apenas parte do mecanismo previsto para fornecer garantias de segurança aos ucranianos.
Os membros das forças de paz, que deverão ser de países de fora do continente europeu, seriam enviados à zona desmilitarizada para monitorar o cumprimento de uma possível trégua no conflito.
O vice-premiê da Itália e ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, avaliou que ainda é "prematuro" falar sobre operações de manutenção da paz no leste europeu, mas opinou que as discussões por um cessar-fogo estão "indo na direção certa".
"Dissemos que não somos a favor de enviar mulheres italianas em missões militares sob as bandeiras da Otan e da União Europeia. A única opção poderia ser a da ONU, mas deve haver uma decisão do Conselho de Segurança", declarou.
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