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Israel interrompe fornecimento de energia em Gaza

Israel interrompe fornecimento de energia em Gaza

Decisão visa pressionar Hamas a libertar 59 reféns do país judeu

TEL AVIV, 10 de março de 2025, 12:52

Redação ANSA

ANSACheck
Israel cortou fornecimento de energia em Gaza no domingo © ANSA/AFP

Israel cortou fornecimento de energia em Gaza no domingo © ANSA/AFP

Israel ordenou a interrupção do fornecimento de energia elétrica na Faixa de Gaza no último domingo (9), como forma de pressionar o Hamas a entregar os 59 reféns do país judeu que ainda mantém sob controle.
    "Utilizaremos todas as ferramentas à disposição até que todos os reféns retornem e nos assegurarmos que o Hamas não esteja mais em Gaza no 'dia seguinte'", afirmou em vídeo o ministro israelense da Energia, Eli Cohen, responsável por ordenar o corte.
    Nos últimos dias, o governo de Benjamin Netanyahu já havia bloqueado o ingresso de ajuda humanitária no enclave, acusando o grupo fundamentalista árabe de rejeitar a proposta para prolongar a primeira fase do acordo de cessar-fogo com a troca de reféns e prisioneiros entre as partes.
    Além disso, Israel ainda ameaçou a região com "maiores consequências" e um possível retorno à guerra.
    Na semana passada, o Hamas também acusou o país judeu de romper o acordo de trégua ao suspender a entrada de ajuda humanitária no enclave. Hoje, o grupo chamou a interrupção de energia elétrica de "chantagem barata e inaceitável".
    "Condenamos veementemente a decisão de cortar a eletricidade em Gaza, após [Israel] ter privado a região de alimentos, medicamentos e água", afirmou Izzat al-Rishq, membro da ala política do Hamas, acrescentando que se trata "de uma tentativa desesperada de pressionar o nosso povo".
    A primeira etapa do cessar-fogo assinado entre o grupo islâmico e as forças israelenses encerrou-se em 1º de março, porém os árabes ainda mantêm 59 reféns no enclave.
    Ao todo, o Hamas restituiu 33 reféns israelenses (oito deles mortos) e cinco tailandeses durante a primeira fase da trégua, enquanto Israel libertou mais de 1,7 mil prisioneiros palestinos.
   

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