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Multidão volta às ruas da Alemanha contra extrema direita

Multidão volta às ruas da Alemanha contra extrema direita

Mais de 250 mil pessoas participaram de protesto em Munique

BERLIM, 08 de fevereiro de 2025, 15:15

Redação ANSA

ANSACheck
Multidão em ato contra extrema direita em Munique, na Alemanha © ANSA/AFP

Multidão em ato contra extrema direita em Munique, na Alemanha © ANSA/AFP

Mais de 250 mil pessoas participaram neste sábado (8) de uma manifestação em Munique contra a extrema direita na Alemanha, que realizará eleições antecipadas para renovar o Parlamento em 23 de fevereiro.
    O ato pediu a manutenção de um "cordão sanitário" contra o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), ou seja, um compromisso de todas as outras legendas de não se aliar à sigla de ultradireita para formar um governo.
    Os organizadores previam a participação de 75 mil pessoas na manifestação em Munique, mas a polícia da Baviera disse que o ato reuniu mais de 250 mil indivíduos - já os grupos que convocaram o protesto falam em 320 mil participantes. No fim de semana passado, cerca de 160 mil cidadãos já haviam marcado presença em uma marcha contra a ultradireita em Berlim.
    As pesquisas colocam a AfD em segundo lugar nas intenções de voto, com pouco mais de 20%, o que seria o melhor resultado da extrema direita na Alemanha desde o nazismo.
    A União Democrata-Cristã (CDU), de centro-direita, lidera com cerca de 30% da preferência, mas se tornou alvo de críticas após angariar o apoio da AfD para tentar aprovar um projeto de lei que endureceria as políticas migratórias da Alemanha. O texto acabou rejeitado pelo Parlamento.
    A colaboração entre os dois partidos provocou reações até da discreta ex-chanceler Angela Merkel, figura histórica da CDU e que considerou a postura do atual líder da sigla de centro-direita, Friedrich Merz, "equivocada". Em meio à controvérsia, Merz veio a público para descartar qualquer possibilidade de colaborar com a AfD. "Nós estaríamos traindo nosso país", disse.
    No cenário atual das pesquisas, nenhum partido deve obter maioria para formar um governo sem a necessidade de coalizões.
   
   

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