A Colômbia recebeu nesta terça-feira (28) 110 cidadãos do país que foram deportados dos Estados Unidos após um acordo com o governo de Donald Trump.
"Chegam dos EUA nossos compatriotas livres, dignos, sem estar algemados", escreveu o presidente colombiano, Gustavo Petro, em uma publicação no X acompanhada de duas fotos do interior da aeronave.
"Estruturamos um plano de crédito produtivo, associativo e barato para o imigrante, que não é um criminoso, é uma pessoa humana livre", acrescentou o chefe de Estado.
No último dia 26 de janeiro, a Casa Branca, que havia ameaçado a Colômbia com tarifas de importação e diversas sanções, anunciou um acordo de repatriação com Bogotá e disse que o governo colombiano "concordou com todos os termos" de Trump, "incluindo a aceitação irrestrita de estrangeiros ilegais deportados pelos Estados Unidos, inclusive em aviões militares, sem limitações ou atrasos".
O Ministério das Relações Exteriores do país latino confirmou o acordo, mas em outro tom. "O governo da Colômbia informa que superamos o impasse com os EUA", explica um comunicado, acrescentando que Bogotá receberá imigrantes deportados "em condições dignas, como cidadãos com direitos".
A crise com Trump começou quando Petro proibiu a entrada de dois voos militares com colombianos deportados pelos EUA, após a divulgação de imagens de brasileiros acorrentados em um avião americano em Manaus. "Não posso fazer com que imigrantes fiquem em um país que não os quer; mas se este país os devolve, deve ser com dignidade e respeito", justificou o presidente.
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