A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, que saiu do esconderijo nesta quinta-feira (9) para participar de manifestações contra o presidente Nicolás Maduro, foi presa no final de um protesto em Caracas e liberada posteriormente.
As informações foram divulgadas pela oposição, após a emissora Ntn24 ter noticiado que a localização da opositora era desconhecida depois de sua prisão.
Corina Machado fez sua primeira aparição pública em cinco meses ao realizar um discurso para seus apoiadores na região de Chacao, nos arredores da capital do país, sob ameaça de forças policiais e militares e de gangues civis armadas que patrulham a cidade.
Após o fim da manifestação, Corina Machado foi interceptada por agentes armados do chavismo que atiraram contra sua caravana.
"María Corina foi violentamente interceptada quando estava saindo do comício em Chacao. Esperamos poder confirmar sua situação em alguns minutos. Agentes do regime atiraram nas motocicletas que a transportavam", disse a coalizão conservadora ConVzla em comunicado.
Em uma publicação nas redes sociais, Edmundo González, opositor que disputou as eleições presidenciais contra Maduro, pediu sua libertação. "Exijo a libertação imediata de María Corina Machado. Às forças de segurança que a sequestraram eu digo: não brinquem com fogo", afirmou.
Além disso, o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, exigiu a libertação imediata da opositora venezuelana.
"Não podemos mais tolerar as ações repressivas e ilegítimas do regime de Maduro que perdeu as eleições. Estamos próximos de todos os cidadãos que lutam pela liberdade e pela democracia na Venezuela", escreveu o chanceler italiano no X.
Machado, que é acusada de traição à pátria pelo regime, vivia em localidade secreta após Maduro ter sido declarado reeleito pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que nunca divulgou as atas das eleições de 28 de julho.
Por sua vez, o ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello, negou que a líder de oposição foi detida e disse que a notícia é “uma invenção” e “uma mentira”. (ANSA)
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