Centenas de opositores se reuniram na noite da última terça-feira (7) em diversas cidades da França para comemorar a morte de Jean-Marie Le Pen, figura histórica da extrema direita na França e candidato a presidente da República em cinco eleições, que morreu aos 96 anos de idade.
A multidão celebrou o óbito com canções, bombas de fumaça, lançamento de fogos de artifício, gritos e palavras de ordem.
"Este racista sujo está morto", dizia um cartaz no meio das pessoas presentes na praça da República, em Paris, enquanto jovens subiam ao monumento na região central.
Fogos de artifício também foram lançados em Lyon, onde pelo menos 600 pessoas se reuniram no "momento histórico". Já em Marselha, entre 200 e 300 pessoas se reuniram no antigo porto da cidade para festejar a morte.
Por outro lado, o ministro do Interior da França, Bruno Retailleau, criticou a festa pela morte de Le Pen e reforçou que "nada, absolutamente nada, justifica dançar sobre um cadáver".
"A morte de um homem, mesmo de um adversário político, deve inspirar contenção e dignidade. Estas cenas de exultação são simplesmente vergonhosas", acrescentou o representante do governo de Emmanuel Macron.
O funeral de Le Pen será realizado, de forma privada, no próximo sábado (11), a partir das 14h30 (horário local), em cerimônia na igreja de Saint-Joseph em sua cidade natal, La Trinité-sur-Mer, na Bretanha, noroeste da França.
A informação foi divulgada pelo vice-presidente do Rassemblement National, Louis Aliot, confirmando a notícia divulgada pelo jornal local Ouest-France.
O funeral será realizado na "intimidade familiar", acrescentou Aliot, lembrando que o próprio Le Pen manifestou durante a sua vida o desejo de ser enterrado no túmulo da família em La Trinité-sur-Mer.
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