A DeepSeek, inteligência artificial chinesa que provocou um tombo nas ações de empresas americanas de tecnologia na última segunda-feira (27), apresentou o "Janus-Pro", modelo de IA capaz de produzir imagens supostamente melhores que as de seus concorrentes.
De acordo com os primeiros resultados divulgados pela empresa, o recurso superou tanto o Dall-e 3, da americana OpenAI, criadora do ChatGPT, quanto o Stable Diffusion XI, da britânica Stability AI, em geração e análise de imagens em dois testes de avaliação de IA, o GenEval e o DPG-Bench.
O Janus-Pro, no entanto, ficou atrás de modelos especializados criados para atividades específicas, como plataformas de radiologia ou astronomia.
A novidade é uma atualização do Janus, lançado no fim de 2024, e está disponível em várias dimensões, desde uma versão compacta, com 1 bilhão de parâmetros, a outra com 7 bilhões.
Mas o que causou um terremoto no setor de IA não foi apenas o fato de a DeepSeek gerar textos e imagens iguais ou superiores aos de seus concorrentes, mas sim a capacidade de produzi-los com hardwares muito mais simples e baratos.
A estreia da IA chinesa chamou atenção até do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que disse que a DeepSeek deve "ligar um sinal de alarme" no setor. Já o CEO da OpenAI, Sam Altman, elogiou o modelo "notável" da startup chinesa, porém assegurou que a empresa americana ainda produz resultados "melhores". "É revigorante ter um novo competidor", disse.
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