A Corte Constitucional da Coreia do Sul rejeitou nesta segunda-feira (24) o processo de impeachment contra o primeiro-ministro Han Duck-soo, que havia assumido a Presidência da República interinamente após o afastamento de Yoon Suk-yeol.
Com isso, Han foi reintegrado ao cargo de presidente e permanecerá na função ao menos até a conclusão do julgamento de Yoon, acusado de insurreição na fracassada tentativa de impor lei marcial no país em dezembro passado. O premiê estava afastado desde 27 de dezembro, após a abertura de um processo de impeachment pelo Parlamento, controlado pela oposição. Ao longo desse período, as chefias do Estado e do governo foram exercidas pelo ministro da Economia e das Finanças, Choi Sang-mok.
"Agradeço à Corte Constitucional por sua sábia decisão. Farei o que estiver a meu alcance para preservar a estabilidade", comentou Han. Ele era acusado pela oposição de colaborar com o plano de lei marcial de Yoon e de atuar para obstruir o julgamento do presidente afastado, ao se recusar a preencher os assentos vagos na Corte Constitucional.
No entanto, por placar de 5 a 1, o tribunal considerou as provas insuficientes para julgar o premiê e chefe de Estado interino.
Enquanto isso, a Coreia do Sul ainda aguarda a conclusão do julgamento de Yoon na Corte Constitucional, e o presidente afastado também é alvo de um processo penal por insurreição e abuso de poder na declaração de lei marcial e arrisca parar na cadeia.
Yoon chegou a ser preso preventivamente em janeiro, mas acabou libertado em 8 de março.
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