Um tribunal turco manteve neste domingo (23) a prisão preventiva do prefeito de Istambul, Ekrem Imamoglu, enquanto ele aguarda seu julgamento por diversas acusações, incluindo suposta "corrupção", "suborno" e "ajuda e cumplicidade ao terrorismo".
Segundo a imprensa local, o principal rival político do presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, foi transferido para a prisão de Silivri, junto com outras 50 pessoas presas no caso.
O comboio partiu do tribunal de Caglayan, em Istambul, e chegou por volta das 16h30 (horário local) à penitenciária, que fica cerca de 80 km a oeste do centro da cidade, no Bósforo. Logo após, Imamoglu destacou que "nunca" vai desistir. "Vamos remover essa mancha da nossa democracia", garantiu ele em mensagem no X.
A confirmação da prisão eleva ainda mais a tensão no país, que tem sido palco de protestos desde quarta-feira (19) passada. Até agora, mais de 340 pessoas já foram presas em manifestações marcadas por violência depois de o governo de Erdogan determinar a atuação da polícia.
Segundo o ministro do Interior, Ali Yerlikaya, alguns militantes jogaram ácido em um policial. Conflitos entre manifestantes e forças de segurança ocorreram em Istambul, Ancara e Esmirna.
Hoje, uma manifestação a favor de Imamoglu também foi convocada na Piazza Santa Maria Novella, em Florença. Entre os presentes estava o ex-prefeito da cidade italiana Dario Nardella.
A iniciativa tem como objetivo pedir ao Palazzo Vecchio que "interrompa todas as relações com o executivo nacional turco" e apoie concreta e convincentemente os protestos contra as ações do governo turco".
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