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Novo terremoto atinge área de Campi Flegrei, na Itália

Novo terremoto atinge área de Campi Flegrei, na Itália

Região abriga um supervulcão subterrâneo adormecido

NÁPOLES, 15 de março de 2025, 12:14

Redação ANSA

ANSACheck
Área interditada em Nápoles após terremoto, em 13 de março - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Área interditada em Nápoles após terremoto, em 13 de março - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Um novo terremoto, desta vez com magnitude 3.9 na escala Richter, atingiu a região de Campi Flegrei, nos arredores de Nápoles, sul da Itália, neste sábado (15).
    Segundo dados revisados pelo Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV), o abalo sísmico ocorreu às 13h32 (horário local), a uma profundidade de 3 quilômetros, valor considerado raso.
    Já o epicentro foi registrado a quatro quilômetros de Pozzuoli, na região metropolitana de Nápoles, e o tremor foi sentido em toda a zona. Não há relatos de danos nem vítimas até o momento.
    O terremoto deste sábado se soma a uma longa sequência de eventos sísmicos ocorridos desde o ano passado em Campi Flegrei, termo em grego antigo que significa "campos ardentes".
    A região, onde vivem mais de meio milhão de pessoas, passa por uma fase de "bradismo", fenômeno que eleva o nível do solo a partir do gás e magma acumulados nas profundezas. Esse aumento passou de uma velocidade de um para três centímetros por mês, segundo o INGV.
    Diferentemente do vizinho Vesúvio, os Campi Flegrei não têm um vulcão principal, mas sim diversas crateras espalhadas por uma estrutura chamada "caldeira", ou seja, uma área rebaixada e relativamente circular que se formou devido à erosão causada por erupções passadas.
    O mais forte desses terremotos foi registrado na madrugada da última quinta-feira (13), com magnitude 4.4 na escala Richter e que provocou pânico na população. O INGV, no entanto, garante que não há indícios de erupção iminente. Já o governo italiano diz estar se preparando para uma eventual evacuação em massa caso seja preciso, mas ressalta que isso não é necessário no momento.
    "Quero ter a certeza de que tudo está no lugar caso os cientistas nos digam [que uma erupção se aproxima], mas, por enquanto, não há evidências desses sinais", disse na sexta-feira (14) o ministro da Defesa Civil, Nello Musumeci.
   

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