O governo da Ucrânia mostrou abertura a uma proposta da premiê da Itália, Giorgia Meloni, para oferecer garantias de segurança por parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) mesmo sem Kiev entrar na aliança militar.
Em reunião de emergência do Conselho Europeu na última quinta (6), a primeira-ministra sugeriu estender à Ucrânia o Artigo 5 do estatuto da Otan, que determina que um ataque a um membro da organização é um ataque a todos.
"Damos as boas-vindas a essa declaração como parte da discussão sobre o fornecimento à Ucrânia de garantias de segurança em longo prazo", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Kiev, Heorhii Tykhyi, em um encontro com jornalistas nesta sexta (7).
"No que diz respeito a essa proposta, estamos em contato com nossos colegas italianos para esclarecer os detalhes", acrescentou. Já a vice-premiê para Integração Euro-Atlântica, Olha Stefanishyna, reforçou que a ideia da primeira-ministra é "bastante pragmática".
O governo ucraniano busca garantias de segurança para dissuadir a Rússia de lançar novas invasões no futuro, uma vez que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fechou as portas da Otan para o país.
Estender o Artigo 5, pedra angular da aliança militar, seria uma maneira de oferecer essas garantias sem a necessidade de uma adesão ou de enviar tropas europeias à Ucrânia após um cessar-fogo, hipótese criticada por Meloni.
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS © Copyright ANSA