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Após bate-boca com Zelensky, Trump congela ajuda militar à Ucrânia

Após bate-boca com Zelensky, Trump congela ajuda militar à Ucrânia

Kiev comparou decisão com Acordo de Munique de 1938

NOVA YORK, 04 de março de 2025, 10:11

Redação ANSA

ANSACheck
Pausa ordenada por Trump afetará todo o auxílio que não esteja atualmente em Kiev © ANSA/AFP

Pausa ordenada por Trump afetará todo o auxílio que não esteja atualmente em Kiev © ANSA/AFP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou o congelamento de toda a ajuda militar à Ucrânia após o acalorado bate-boca entre os líderes no Salão Oval da Casa Branca, em Washington.
    De acordo com a imprensa americana, citando uma autoridade do Ministério da Defesa, a pausa afetará todo o auxílio que não esteja atualmente em Kiev, incluindo armamentos em trânsito.
    O governo ucraniano ficou em choque após a decisão do republicano, tanto que Oleksandr Merezhko, presidente do comitê de Relações Exteriores do país europeu, afirmou que a suspensão da ajuda se assemelha ao Acordo de Munique de 1938, quando Reino Unido, França e Itália permitiu à Alemanha nazista anexar a região dos Sudetos.
    "Pausar a ajuda significa ajudar Putin. Isso é pior do que [o acordo de] Munique, porque pelo menos lá eles não tentaram pintar a Tchecoslováquia como agressora", afirmou.
    O deputado ucraniano Fedor Venislavsky, que participou de uma reunião a portas fechadas do Comitê de Segurança Nacional, avaliou que Kiev tem uma margem de segurança de cerca de seis meses depois do congelamento.
    O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou que a decisão de Trump "poderá realmente empurrar o regime de Kiev em direção ao processo de paz".
    "As declarações de Donald Trump de que ele quer trazer a paz só podem ser bem-vindas. Estamos recebendo algumas informações sobre as ações propostas nessa direção. Continuaremos a observar como essa situação se desenvolverá na realidade", declarou.
    O conselheiro de Zelensky, Mykhailo Podolyak, informou que o governo ucraniano está "discutindo com parceiros europeus" a possibilidade de substituir a ajuda militar americana, mas não fechou as portas para futuras negociações com Washington.
   
   

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