Um soldado das Forças de Defesa de Israel (FDI) acusado de cometer crimes de guerra na Faixa de Gaza deixou o Brasil neste domingo (5), após a Justiça pedir para a Polícia Federal (PF) o investigar, informou a emissora estatal israelense Kan.
A investigação surge a partir de uma denúncia apresentada pela Fundação Hind Rajab (HRF), grupo sediado na Bélgica que exige justiça para as vítimas palestinas, que acusa o soldado, que esteve no Brasil a turismo, de estar envolvido nas demolições sistemáticas de casas de civis em Gaza.
A HRF acusou Israel de orquestrar a sua fuga para obstruir a justiça e de "destruir provas".
De acordo com o Canal 12, a denúncia da HRF inclui mais de 500 páginas de evidências, incluindo vídeos, dados de geolocalização e informações de inteligência de código aberto, ligando o soldado à destruição em Gaza.
"Há indícios de que as provas foram destruídas", ressaltou a fundação, enfatizando que "isto não é apenas um escândalo, mas uma afronta à soberania e ao Estado de direito do Brasil".
Segundo a HRF, "Israel empregou táticas semelhantes no passado".
Até o momento, não está claro como o soldado, agora voltando para Israel, conseguiu deixar o Brasil.
Entretanto, o governo israelense confirmou que ajudou o soldado das FDI em sua fuga do Brasil, onde era turista, para evitar uma investigação por crimes de guerra cometidos em Gaza.
O Itamaraty explicou que o ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, ordenou à seção consular da pasta e à embaixada israelense no Brasil que contatassem o homem e sua família.
Autoridades israelenses "o acompanharam durante todo o evento até sua saída rápida e segura do Brasil", confirmou o ministério
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