O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, cobrou neste domingo (29) que a Rússia assuma a culpa pela queda de um avião da Embraer operado pela Azerbaijan Airlines no Cazaquistão, no último dia 25 de dezembro, desastre que deixou 38 mortos e 29 feridos.
"Nós transmitimos nossas demandas para a parte russa em 27 de dezembro. E quais eram? Primeiro, a Rússia deve se desculpar com o Azerbaijão. Segundo, admitir sua culpa. Terceiro, punir os culpados e indenizar o Estado [azeri] e os passageiros e tripulantes afetados. Essas são nossas condições", declarou Aliyev em entrevista à emissora pública local AzTV.
"A primeira delas foi completamente atendida ontem [28]", acrescentou, em referência ao pedido de desculpas feito pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, em um telefonema entre os dois líderes. Na ocasião, no entanto, o chefe do Kremlin não admitiu que o Embraer 190 foi derrubado por um míssil russo.
Aliyev também afirmou que a investigação preliminar mostra de forma "bem fundamentada" que o avião da Azerbaijan Airlines foi "danificado de fora em território russo, perto da cidade de Grozny, e praticamente perdeu o controle".
"Também sabemos que nossa aeronave foi tornada incontrolável por meio de guerra eletrônica. Este é o primeiro dano infligido ao avião. Além disso, como resultado do fogo aberto do solo, a cauda também foi severamente danificada", destacou o presidente azeri.
A aeronave voava entre Baku, no Azerbaijão, e Grozny, na Rússia, porém se desviou da rota e caiu perto de Aktau, no Cazaquistão, do outro lado do Mar Cáspio. Vídeos e fotos da cena da tragédia exibem marcas de perfuração na cauda do jato.
A suspeita é de que o avião tenha sido atingido por estilhaços de um míssil russo terra-ar lançado contra drones ucranianos que realizavam ataques nos arredores de Grozny.
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